Ex-BC ecoa ata do Copom: “sem a reforma fiscal nada é possível”
Luis Eduardo Assis, economista e ex-diretor do Banco Central (BC), analisou nesta terça-feira (12) a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), em entrevista a Denise Campos de Toledo no Jornal Jovem Pan.
O comitê aponta a necessidade da aprovação da reforma da Previdência para a estabilidade econômica do País nos próximos anos. Assis concorda.
O ex-diretor do BC ressaltou que a inflação neste ano surpreendeu a todos. Assis destacou que “a recuperação da economia é derivada em grande parte à queda da inflação, que é circunstancial”.
Ele explica que a inflação baixa “não é perene porque depende dessas reformas, especialmente da reforma da Previdência”.
“Hoje é consenso entre os economistas que, se não for feita uma reforma da Previdência, o ajuste fiscal não será possível e, sem o ajuste fiscal, a inflação mais cedo ou mais tarde volta a subir e a empurrar os juros para cima”, apontou o economista.
“Por incrível que pareça, a economia brasileira ainda é profundamente indexada – exige juros muito altos quando a inflação está subindo”, destacou Assis.
“A manifestação da ata sobre necessidade da reforma fiscal, começando pela reforma da Previdência, é uma manifestação de apoio a essas negociações que estão sendo feitas”, avaliou.
O economista não vê, no entanto, “riscos de grandes mudanças em 2018” na retomada da economia, “por mais que seja turbulento o cenário eleitoral”.
Mas volta a destacar: “sem a reforma fiscal nada é possível”.
Ouça a entrevista completa:
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