Ex-diretor do Metrô denuncia esquema de propina em gestões do PSDB

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2019 16h05
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Metrô/ Divulgação Esquema com Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa envolveu linhas 2-verde, 5-lilás e 6-laranja

Sérgio Correa Brasil, ex-diretor do Metrô, denunciou, em acordo de delação premiada à Operação Lava Jato em São Paulo, um esquema de corrupção envolvendo a companhia de 2004 a 2014, período que abarca gestões de Geraldo Alckmin (PSDB) e José Serra (PSDB). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29) pela TV Globo.

Segundo o ex-diretor, o esquema beneficiou de políticos a membros do TCE (Tribunal de Contas do Estado), sendo que “tinham vínculo mais forte” o ex-deputado estadual Rodrigo Garcia (DEM), hoje vice-governador paulista, e o ex-deputado estadual Arnaldo Jardim (Cidadania), hoje deputado federal.

As investigações mostram que o esquema com as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa envolveu as linhas 2-verde, 5-lilás e 6-laranja. Devido a ele, as obras dessas linhas teriam ficado mais caras e mais lentas. Ainda de acordo com a apuração, PPS (hoje Cidadania), PSDB, PFL (hoje DEM) e PTB – partidos da base da administração Alckmin – recebiam repasses mensais em troca de apoio ao governo.

O ex-diretor afirma que recebeu R$ 1,5 milhão. No acordo, ele se comprometeu a devolver ao menos R$ 6 milhões. É a primeira vez que um ex-funcionário do alto escalão Metrô colabora com o Ministério Público Federal em investigações.

O que diz o governo de SP

Procurado pela TV Globo, o Palácio dos Bandeirantes disse que a acusação contra Garcia “não tem fundamento” e que o Supremo Tribunal Federal (STF) já absolveu o político em casos ligados ao Metrô.

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