Ex-diretores da Petrobras entram em contradição na CPMI; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2014 09h28
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Os ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, entraram em contradição na CPMI que investiga denúncias de corrupção na estatal. O ex-diretor de Abastecimento e o ex-diretor da Área Internacional ficaram frente a frente na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, nesta terça-feira.

Paulo Roberto, que cumpre prisão domiciliar, disse que confirma tudo o que já falou à Justiça Federal. O ex-funcionário da petroleira declarou que o esquema de corrupção está espalhado pelas obras em todo o Brasil.

Marcada por embates políticos, a acareação foi convocada para tirar dúvidas, mas os ex-diretores passaram a sessão dando versões opostas. Eles responderam sobre a compra da refinaria de Pasadena aprovada pela Petrobras e que, segundo o TCU, gerou prejuízo de 792 milhões de dólares.

Em depoimento à Justiça Federal em outubro, no Paraná, Paulo Roberto afirmou que Nestor Cerveró recebeu propina. O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras negou e acusou Paulo Roberto, que retrucou ao ser questionado pelos parlamentares.

Os deputados quiseram saber de Paulo Roberto sobre a propina de um milhão e meio de dólares que ele disse ter recebido. O dinheiro seria para não atrapalhar a compra da refinaria de Pasadena e os parlamentares questionaram ainda se Cerveró também recebeu suborno.

Paulo Roberto disse que os detalhes são sigilosos e respondeu: “isso está em minha delação premiada”. Os ex-diretores concordaram apenas que a responsabilidade pela compra de Pasadena era de todos os integrantes do Conselho de Administração.

O grupo era presidido por Dilma Rousseff que afirmou que a aquisição foi uma decisão tomada com base em um parecer falho de Nestor Cerveró. O deputado Enio Bacci, do PDT do Rio Grande do Sul, perguntou a Paulo Roberto sobre a participação de políticos, que citou na delação premiada.

Nesta terça-feira, ministro do STF mandou soltar o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso em 14 de novembro, na Operação Lava Jato. Teori Zavascki determinou a revogação da prisão preventiva de Duque, detido sob suspeita de desviar dinheiro da Petrobras. Ele nega.

 

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