Ex-funcionária diz que recebia mesmo após saída de Cristiane de secretaria

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/01/2018 13h56
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Fábio Motta/Estadão Conteúdo Segundo Aline, que era motorista particular e também prestava serviços particulares para Cristiane, ela recebia cerca de R$ 3 mil como comissionada na secretaria, apesar de nunca ter trabalhado no local

Mesmo após a nova ministra do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), ter saído da Secretaria Especial do Envelhecimento Saudável do Rio, a funcionária Aline Lucia de Pinho continuou prestando serviços particulares para a ex-deputada, nomeada e recebendo pela pasta. A informação é da própria funcionária, que deve processar Cristiane por ter lhe demitido enquanto estava licenciada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por acidente de trabalho – ocorrido, segundo ela, quando prestava serviços particulares para Cristiane.

Cristiane deixou a secretaria, onde foi nomeada em 2015 pelo ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, para assumir o mandato como deputada federal. Por indicação sua, quem ocupou a sua vaga na secretaria foi Carolina Chaves de Azevedo, filha de Vera Lúcia Gorgulho Chaves de Azevedo, secretária parlamentar de seu gabinete quando deputada federal.

Em uma edição do Diário Oficial do Município de abril de 2016, consta o nome de Aline no cargo de assessora III na pasta já liderada por Carolina. Segundo Aline, que era motorista particular e também prestava serviços particulares para Cristiane, ela recebia cerca de R$ 3 mil como comissionada na secretaria, apesar de nunca ter trabalhado no local.

Carolina também foi indicada por Cristiane em novembro passado para assumir a vaga de diretora-geral do Arquivo Nacional, cargo ligado ao Ministério da Justiça, onde está até hoje. A mãe de Carolina, Vera Lúcia Gorgulho Chaves de Azevedo, também é apontada como a pessoa que fazia os repasses de uma indenização trabalhista contra Cristiane por um motorista. Vera colaborou com uma doação de R$ 5 mil em cheque para a campanha de Cristiane para vereadora em 2008.

A assessoria da nova ministra ainda não respondeu à reportagem sobre o caso. Carolina foi procurada pela reportagem por meio da assessoria de imprensa do Arquivo Nacional, mas ainda não respondeu.

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