Ex-governador Anthony Garotinho é preso pela Polícia Federal no RJ
O ex-governador do Rio de Janeiro e secretário de governo de Campos, Anthony Garotinho, foi preso na manhã desta quarta-feira (16) pela Polícia Federal de Campos.
O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira e Garotinho foi preso em um apartamento na rua Senador Vergueiro, na zona sul da cidade. Alertado da presença de policiais na portaria do edifício para cumprimento do mandado de prisão, Garotinho desceu e se entregou. Na garagem, uma viatura da PF já o aguardava.
Há quatro dias o advogado Fernando Fernandes havia impetrado um habeas corpus com pedido de liminar para garantir que a 100ª Zona Eleitoral, em Campos dos Goytacazes (RJ), não decretasse quaisquer tipo de prisão contra Anthony Garotinho.
“Chequinho”
A prisão é resultado da Operação Chequinho, que apura a compra de votos durante as eleições municipais e tem como objetivo combater crimes eleitorais em Campos, no norte fluminense.
A PF mira o “Programa Cheque Cidadão” que teria sido usado para cooptar eleitores no último pleito no município situado ao Norte do Estado do Rio. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral.
Rosinha Garotinho, mulher do ex-governador, é prefeita de Campos dos Goytacazes. Garotinho – que é secretário de governo do município – governou o Rio entre 1999 e 2002.
Em outubro, a PF prendeu três vereadores de Campos por suposto envolvimento no esquema – Kellenson Ayres Figueiredo de Souza (PR), Miguel Ribeiro Machado (PSL) e Ozeias Martins (PSDB). Outro alvo da Operação Chequinho é a secretária de Desenvolvimento Humano e Social da prefeitura de Campos Ana Alice Ribeiro Lopes de Alvarenga.
O atual secretário de Governo de Campos foi preso por volta de 10h30 desta quarta, no prédio onde reside no Flamengo, na zona sul do Rio. Agentes da PF informaram que ele não foi algemado.
Defesa
O criminalista Fernando Fernandes, defensor de Garotinho, afirmou que “prisão é ilegal”. O advogado vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para tentar revogar o decreto de prisão expedido pelo juiz da zona eleitoral de Campos. Um argumento da defesa é que o ex-governador não foi candidato nas eleições municipais.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.