Ex-governador do Paraná, Beto Richa vira réu na Lava Jato com mulher e filho
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), sua esposa, o filho do casal e um contador tornaram-se réus na Lava Jato por lavagem de dinheiro. A decisão foi do juiz federal substituto Paulo Sérgio Ribeiro, da 23° Vara Federal de Curitiba.
O MPF acusa o contador Dirceu Pupo Ferreira e o filho de Beto, André Richa, de usar verbas de propina para comprar um terreno de luxo no valor de R$2 milhões no estado. A quantia teria origem em concessionárias de pedágio envolvidas em corrupção no governo estadual. “O dinheiro em espécie foi entregue por Ferreira no escritório da incorporadora”, informou o órgão.
Na última terça-feira (12), os promotores também informaram que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná havia incluído a esposa do ex-governador, Fernanda Richa, na lista de denunciados. “Desde o início, existiam indícios da participação de Fernanda Richa no crime. Contudo, num primeiro momento, eram necessários mais esclarecimentos sobre a sua participação nos fatos”.
A promotoria ainda destacou que a ex-primeira dama “assumiu abertamente a atuação conjunta com seu marido no caso da compra do terreno de luxo, o que, no entender do MPF, contribuiu para fortalecer o quadro probatório”.
Beto Richa chegou a ser preso na manhã do dia 25 de janeiro, na 58ª fase da Operação Lava Jato. A prisão foi autorizada pelo mesmo juiz federal substituto Paulo Sérgio Ribeiro.
Cinco dias depois, no entanto, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, determinou a soltura de Richa, acatando o pedido da defesa. A alegação era de que a Justiça Federal no Paraná teria autorizado a prisão do ex-governador de forma ilegal.
Preso por oito dias, o ex-governador deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, na manhã do dia 1º de fevereiro.
Com Agência Brasil
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