Ex-presidente da Andrade Gutierrez é condenado a 18 anos de prisão

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2016 17h06
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Reprodução Otávio Marques de Azevedo

O empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, foi condenado nesta terça-feira a 18 anos de prisão pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Por ter fechado um acordo de delação premiada, para revelar detalhes do esquema de desvio de recursos em contratos da Eletronuclear, Marques de Azevedo terá condições especiais no cumprimento da pena: ficará por um ano em regime fechado domiciliar, com tornozeleira eletrônica; passará em seguida ao semiaberto, pelo prazo de dez meses; e finalmente ao regime aberto, por dois anos. e com progressão para o regime aberto pelo prazo de dois anos.

Em agosto, o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, havia condenado o empreiteiro a 22 anos de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A defesa recorreu da sentença e, nesta terça-feira, o juiz a revisou, rebaixando a pena para 18 anos. que presidiu o processo contra o empreiteiro e o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro – também condenado no mesmo processo que é desdobramento da Operação Lava Jato.

Para obter contratos na Eletronuclear, a Andrade Gutierrez pagou propina no valor de R$ 3,4 milhões de reais. Segundo o juiz, “os delitos foram praticados com interesses comerciais de promover a empresa Andrade Gutierrez, melhorando artificialmente sua competitividade e aumentar seu faturamento, fato que considero reprovável.”

Diz ainda a sentença: “O custo da propina foi repassado à Eletronuclear, que teve de arcar com valores superiores àqueles que seriam devidos em um contexto de livre concorrência e de observância da probidade administrativa.”

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