Ex-presidente da Caixa começa a depor a senadores e deputados na CPMI da JBS

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/10/2017 10h57
José Cruz/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil Na CPMI, Hereda será questionado, principalmente, sobre o porquê da empresa pública ter adquirido 4,92% das ações da JBS

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS começou a ouvir, na manhã desta quarta-feira, 25, o depoimento do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda, que comandou a estatal de 2011 a 2015.

Na CPMI, Hereda será questionado, principalmente, sobre o porquê da empresa pública ter adquirido 4,92% das ações da JBS. A Caixa passou a ser acionista da companhia dos irmãos Batista em janeiro de 2013, quando adquiriu 10,07% de participação na JBS. De 2014 para cá, o banco público reduziu sua posição no grupo, mas continua sendo um dos principais acionistas da empresa.

No último mês de maio, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que as empresas do grupo J&F – holding controladora da JBS – receberam cerca de R$ 15,5 bilhões em empréstimos e aportes de capital feitos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mediante pagamento de propina a políticos, segundo delatores da empresa.

De acordo com o empresário Joesley Batista, os repasses ilícitos tinham como destinatários o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) e o atual ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira (PRB).

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