Ex-presidentes do Metrô se tornam réus por compra de trens parados
O juiz Adriano Marcos Laroca, de São Paulo, aceitou denúncia contra seis ex-presidentes do Metrô e três executivos do Governo paulista por improbidade administrativa na compra de 26 trens por R$ 615 milhões que ficaram sem uso, uma vez que a linha 5-Lilás não estava pronta.
Tornaram-se réus: Sérgio Avelleda, atual chefe de gabinete do prefeito Bruno Covas, Clodoaldo Pelissioni, atual secretário de Transportes Metropolitanos, além de Jorge Fagali, Peter Walker, Luiz Antonio Pacheco e o atual presidente do Metrô, Paulo Menezes de Figueiredo.
Jurandir Fernandes, ex-secretário de Transportes Metropolitanos, Laércio Biazzotti e Dadiv Turubuk, ex-executivos do governo de São Paulo, também responderão ao processo.
Os trens foram comprados pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2011, mesmo estando as obras paradas para os trilhos da linha a que eles serviriam. Isso porque em 2010 o governo teve de paralisar a construção da linha 5-Lilás devido a denúncias de irregularidades na licitação.
“Segundo informações técnicas constantes dos autos, o teste definitivo do trem só poderia ser realizado na própria linha e, mesmo estando os trens parados sem uso em diversos locais, há mais ou menos quatro anos, além de outros desgastes do produto adquirido, e também o serviço de assistência técnica que pode ter sido afetado, exigindo nova contratação”, disse o juiz Laroca ao aceitar a denúncia.
A Linha-5 Lilás havia sido prometida por Alckmin para 2014. A estação Moema, no entanto, foi inaugurada apenas no último mês de abril de 2018, última semana do ex-governador à frente do Palácio dos Bandeirantes, mas ainda faltam várias estações a serem abertas.
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