Ex-secretário do PT recebeu R$ 500 mil de empreiteiras investigadas na Lava Jato, diz MPF

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2016 17h29
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PR - LAVA JATO/OPERAÇÃO CARBONO 14 - POLÍTICA - O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, preso preventivamente nesta sexta-feira (1º) na 27ª fase da Operação Lava Jato, chega ao IML de Curitiba para passar por exame de corpo delito. 19/06/2015 - Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO Geraldo Bubniak/Estadão Conteúdo Ex-secretário do PT

O ex-secretário do PT, Silvio Pereira recebeu pagamentos da OAS e da UTC em um montante avaliado em R$ 500 mil, na conta bancária de uma de suas empresas. Pereira é alvo da 27ª fase da Operação Lava Jato, que foi deflagrada nesta sexta-feira (1).

Silvio Pereira deixou o comando do partido após o escândalo do mensalão em 2005, ele ficou famoso por ter recebido uma Land Rover de presente da empreiteira GDK. De acordo com a Operação Lava Jato, existem suspeitas que o carro seria propina relacionada à Petrobras.

O Ministério Público Federal obteve tais informações na quebra de sigilo das empresas e foram apresentadas ao juiz Sérgio Moro, para que fosse solicitada a prisão preventiva de “Silvinho”.

De acordo com a Procuradoria, os pagamentos eram uma espécie de mesada para que o ex-tesoureiro não delatasse fatos ilícitos, dos quais tivesse conheciemtno, que envolvessem o Partido dos Trabalhadores.

À Operação Lava Jato, o lobista Fernando Moura disse ter sido informado que Silvio Pereira recebia dinheiro que garantiria o seu silêncioa respeito de irregularidades das duas empreiteiras investigadas, OAS e UTC Engenharia. Moura afirmou que Silvinho recebia R$ 50 mil em “dinheiro vivo”, mas não detalhou a frequência e nem a fonte de sua informação.

Em decisão, o juiz federal Sérgio Moro escreveu que Silvio José Pereira “não é agente público, mas se os pagamentos se inserem nesse contexto, fariam parte da repartição de propinas acertadas pelas empresas fornecedoras da Petrobras com a Diretoria de Serviços da estatal.

Quatro repasses foram identificados. Estes totalizaram R$ 486 mil da OAS para a empresa DNP Eventos entre 2009 e 2011. Esta empresa seria de Silvinho. Outra transferência seria da UTC para a DNP, correspondente à R$ 22 mil.

Augusto Mendonça, da Toyo Setal e, e o consultor Julio Camargo, ambos envolvidos no esquema de corrupção da estatal, fizeram transferências à DNP. As de Mendonça chegaram a R$ 154 mil. Já Camargo fez repasse de R$ 12 mil.

Outra empresa de Silvio Pereira recebeu repasses. A Procuradoria apontou um total de R$ 400 mil à Central de Eventos e Produções. Os pagamentos seriam advindos de um auxiliar de José Dirceu, Julio cesar dos Santos, e de uma consultoria ligada ao petista, a TGS Consultoria. A Central de Eventos e Produções recebeu repasse também da SP Terraplenagem, de Adir Assad, que, segundo a procuradoria, era usada pela empreiteira UTC para repasses ilícitos.

*Informações do jornal Folha de S. Paulo

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