Executivo investigado na Lava Jato prestará novos depoimentos de delação

  • Por Agencia Brasil
  • 22/05/2015 18h30
SÃO PAULO, SP - 14.11.2014: OPERAÇÃO LAVA JATO - O empresário Ricardo Pessoa, presidente da construtora UTC, chega à sede da PF, em SP - A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (14) mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato. As buscas são concentradas em 11 grandes empreiteiras. Os grupos investigados registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras atípicas num montante que supera R$ 10 bilhões. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress) Zanone Fraissat/Folhapress O empresário Ricardo Pessoa

O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, vai prestar novos depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima semana. As oitivas deverão ocorrer entre os dias 25 e 29 de maio. Na semana passada, Pessoa assinou acordo de delação premiada no qual comprometeu-se a indicar novos fatos aos investigadores da Operação Lava Jato.

No dia 2 de junho, o empresário também deverá prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. No entanto, de acordo com decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, Pessoa poderá exercer o direito de ficar em silêncio durante o depoimento.

Pessoa ficou preso de novembro do ano passado até março, quando foi beneficiado pela decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liberdade aos executivos de empreiteiras investigados na operação. Por maioria de votos, os ministros entenderam que, mesmo diante da gravidade dos crimes, a prisão preventiva não pode ser aplicada como sentença antecipada. Pessoa foi denunciado à Justiça Federal em Curitiba pelo Ministério Público Federal (MPF), sob acusação de coordenar o funcionamento do cartel entre as empreiteiras com contratos com a Petrobras, por meio do pagamento de propina a ex-diretores da estatal.

As acusações foram baseadas nos depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

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