Expectativa de vida subiu para 76 anos em 2017, diz IBGE

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2018 12h49 - Atualizado em 29/11/2018 13h39
Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil Idosos Brasil

A expectativa de vida aumentou em 2017, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador passou de 75,8 anos para 76 anos de 2016 para o ano passado, de acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira (29).

Em relação aos sexos, a expectativa de vida dos homens subiu de 72,2 anos em 2016, para 72,5. Já a das mulheres foi de 79,4 para 79,6 anos.

Santa Catarina é o estado que tem a maior expectativa de vida, de 79,4 anos. Em seguida estão Espírito Santo, com 78,5 anos; e Distrito Federal e São Paulo, ambos com 78,4 anos.

No outro extremo, as populações do Maranhão e do Piauí vivem menos: 70,9 e 71,2 anos, respectivamente.

Segundo o pesquisador do instituto Marcio Minamiguchi, a tendêndia é que esse aumento continue de forma gradual e cada vez mais lenta. Isso porque o avanço conquistado no passado se deu, principalmente, por causa da forte queda na mortalidade infantil.

“Inicialmente, os ganhos se davam pela redução da mortalidade entre os mais jovens, em função da própria natureza dos óbitos. É algo que não necessita de grandes avanços tecnológicos, como a consciência de que é necessário dar água potável para as crianças. O próprio soro caseiro foi importante na década de 1980”, afirmou.

Mortalidade infantil

Na contramão da expectativa de vida, a taxa de mortalidade infantil (morte de crianças de até um ano de idade) caiu de 13,3 crianças a cada mil nascidos vivos em 2016 para 12,8 mil no ano passado. A tendência, segundo Minamiguchi, é de que os óbitos se concentrem cada vez mais nas crianças de até 1 ano, cujas mortes são causadas, predominantemente, por questões congênitas, como a má formação do feto.

“No grupo de 1 a 4 anos, predominam causas ligadas ao ambiente em que a criança vive, como a falta de saneamento básico. No grupo de até 1 ano, temos muitos óbitos que ocorrem nas primeiras semanas de vida da criança, causadas sobretudo por doenças congênitas”, explicou ele.

Outra taxa que, felizmente, caiu foi a de mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade). Ela passou de 15,5 por mil para 14,9 por mil naquele mesmo período. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2017.

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