Fachin homologa delação premiada de donos da JBS; agora há validade jurídica
Luiz Edson Fachin, ministro do STF, homologou, nesta quinta-feira (18), a delação premiada de Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS. A partir de agora, portanto, há validade jurídica para o que os empresários delataram.
O presidente Michel Temer foi gravado pelo dono da JBS Joesley Batista aprovando a compra de “mesada” para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, já preso na Lava Jato, para silenciá-lo. A informação foi fornecida à Procuradoria-Geral da República pelos donos da frigorífica, Joesley e Wesley Batista, em delação premiada.A informação foi adiantada pelo colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim.
A reação no Congresso Nacional foi imediata. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício de Oliveira, encerraram as sessões imediatamente e os líderes estão reunidos. No Senado, opositores propuseram a abertura “imediatamente” de um pedido de impeachment de Michel Temer. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) foi mais rápido e já protocolou um pedido de impedimento.
Joesley Batista informa ao presidente da República que estava pagando a Cunha e ao operador Lúcio Funaro, dentro da prisão, um valor para evitar que eles fizessem delação premiada. Na gravação, Michel Temer teria dito: “tem que manter isso, viu?”.
A gravação teria sido feita em março deste ano. Eu outra gravação no mesmo mês, Temer também indica o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver assuntos da J&F (controladora da JBS).
Uma gravação posterior, então, registrou a entrega de uma mala de R$ 500 mil em dinheiro enviada, a pedido de Joesley, para Rocha Loures.
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