Fachin manda para a Lava Jato investigação sobre ministro do TCU e ex-deputado

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 19h43 - Atualizado em 02/05/2019 19h45
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo O ministro do STF, Edson Fachin Fachin pede que eles sejam investigados por supostas propinas da OAS

O ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo e o ex-deputado Marco Maia (PT) estão na mira de um inquérito da Operação Lava Jato. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta quinta-feira (2), à Justiça Federal do Paraná, um pedido para que eles sejam investigados por supostas propinas da OAS de R$ 4 milhões para que, na função de presidente e relator da CPI da Petrobras, em 2014, impedissem a convocação de dirigentes de empreiteiras investigadas.

Para a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, “as provas apontam para o cometimento dos crimes de corrupção passiva e ativa e de lavagem de dinheiro”. Não há indícios de que foi feito o crime de caixa dois, pois não há evidências de que os valores tenham sido utilizados para doações eleitorais, portanto, o inquérito foi arquivado nesta área.

Segundo Dodge, “os relatos dos executivos da OAS revelam o pagamento de vantagens indevidas no montante de R$ 4 milhões a Vital do Rêgo Filho, a pretexto do pleito eleitoral de 2014, intermediado por Alex Azevedo, suposto assessor parlamentar do investigado”, e “do valor total pago a título de propina, R$ 1 milhão teria sido repassado via doação eleitoral oficial realizada em favor do Diretório Nacional do PMDB, R$ 1 milhão foi pago mediante celebração de contrato fictício com a Construtora Planície e os R$ 2 milhões restantes foram repassados por meio de celebração de contrato fictício com a Construtora Câmara e Vasconcelos”.

Os delatores ainda afirmam ter feito pagamento de R$ 1 milhão para José Capela, que seria um interlocutor de Marco Maia.

A procuradora disse ainda que os valores repassados a Rêgo, transformados em doação eleitoral oficial, foram usados para camuflar a real intenção das partes. Ou seja, foi um negócio simulado para encobrir a verdadeira finalidade do repasse, que era “adimplir a vantagem indevida e viabilizar a convocação dos executivos à CPI da Petrobras”.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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