Fachin manda Polícia Federal investigar supostas ameaças a Joesley

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2018 21h51 - Atualizado em 12/12/2018 21h52
Agência Brasil Empresário estaria sendo ameaçado após advogado de Cunha divulgar endereço da família

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que a Polícia Federal apure supostas ameaças que estariam sendo sofridas por Joesley Batista, dono da JBS. Os ataques teriam começado após depoimento de contra os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves e o operador Lúcio Funaro.

A defesa do empresário, que solicitou a investigação, relatou ao STF que em 28 de novembro um advogado de Cunha citou o endereço de residência da família de Joesley. No dia seguinte, Joesley passou a receber ligações no telefone fixo de suas casas em São Paulo e Salvador (BA). Fachin já havia consultado a Procuradoria-Geral da República.

Ameaças

Os telefonemas direcionados a Joesley foram atendidos pela empregada e o cozinheiro da família. Neles, o interlocutor, em tom ameaçador, se apresentava como delegado da PF e amigo do empresário e pedia que ele depositasse R$ 50 mil em uma conta da Caixa. Por fim, o autor das ligações dizia: “Diga que o Eduardo está chegando em Brasília”.

“Na sequência das ligações, surgiram diversas viaturas da Polícia Militar, que cercaram a casa e abordaram seguranças e funcionários do requerente, pedindo informações sobre moradores, pois teriam recebido denúncia anônima de que haveria roubo em andamento, com indivíduos armados que mantinham moradores reféns”, narraram os advogados.

A defesa explicou que os fatos se repetiram três vezes: na sexta-feira, 30 de novembro, no sábado, 1º de dezembro, e no domingo, 2 de dezembro, o que, segundo os advogados, “gerou grande estresse e temor em toda família de Joesley”. “Os dizeres ao telefone denotam ameaça velada, pois dão a entender tratar-se de questão ligada à Caixa.”

Foi na Caixa Econômica Federal que teve início a Operação Sepsis, que originou a ação penal em que o dono da JBS é testemunha de acusação, como delator. A operação investiga desvios milionários do Fundo de Investimentos do FGTS do banco e levou a Justiça Federal do Distrito Federal a condenar Cunha, Henrique Alves e Funaro.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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