Falhas em hospitais são a segunda causa de morte no País
Falhas banais como erros de dosagem ou de medicamento, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar mataram 302.610 pessoas nos hospitais públicos e privados brasileiros em 2016. Foram, em média, 829 mortes por dia, uma a cada minuto e meio. Den…
Pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar aponta que eventos adversos em hospitais são a segunda causa de morte mais comum no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares.
O primeiro Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, lançado nesta quarta-feira, aponta que todo dia, 829 brasileiros morrem desta causa, o que equivale a três mortos a cada cinco minutos.
Renato Couto, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, parceira de produção do Anuário, explica o que é considerado um evento adverso.
Os eventos adversos não significam, necessariamente, que houve um erro, negligência ou baixa qualidade, mas trata-se de incidente que poderia ter sido evitado, na maior parte das vezes.
E é a busca por esse controle e diminuição de casos que os hospitais têm mirado, segundo Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados, a Anahp.
Para chegar à excelência, a Anahp lançou, nesta quarta-feira, em São Paulo, durante o 5º Congresso Nacional de Hospitais Privados, um Manual de Melhores Práticas Assistenciais.
Francisco Figueiredo, secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, disse que somente a capacitação dos profissionais poderá minimizar os números. Ele ainda adiantou que haverá lançamento, nos próximos meses, de um novo plano relativo a segurança, auxiliando os hospitais.
Ainda de acordo com o Anuário, as vítimas mais frequentes de eventos adversos são pacientes com menos de 28 dias de vida ou mais de 60 anos.
* Com informações do repórter Fernando Martins
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