Falta de chuva leva municípios do noroeste fluminense a situação de emergência

Depois de quatro meses praticamente sem chuva no norte e noroeste fluminense, pelo menos seis municípios da região decretaram situação de emergência por causa da estiagem. Área de produção agrícola, a pecuária e a lavoura deste ano já foram comprometidos pela falta d’água. A Defesa Civil estadual confirmou o decreto de emergência em Itaocara, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, São Fidélis e Santo Antônio de Pádua.

Em São Fidélis, a prefeitura publicou o decreto de emergência no último dia 5, por causa dos números e da situação apresentada pela Defesa Civil do município”. Segundo nota da prefeitura, cerca de 100 animais morreram em quatro meses sem chuva expressiva, com diminuição no índice pluviométrico de 72,57% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O município também registrou 363 hectares de áreas queimadas e diminuição no fluxo de água de nascentes, mananciais e poços que servem à zona rural. “O agronegócio sofreu uma queda muito grande, a produção leiteira diminuiu em torno de 50%, e as lavouras, principalmente as ligadas à olericultura, que é um dos fatores econômicos mais fortes do município de São Fidélis, também foram fortemente atingidas”, diz a nota da prefeitura.

A prefeitura de São Fidélis informa que foram abertos poços emergenciais para atender a população, além da oferta levada por caminhões-pipa, e destaca o trabalho de recuperação de nascentes. “Está sendo feita uma campanha da Defesa Civil do município de conscientização para que a população tanto da cidade quanto do interior economize água. Na zona urbana do município, a captação é feita no Rio Paraíba, que se encontra em um dos níveis mais baixos da sua história”.

Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Jamilton Serpa, a situação é grave.“Estamos em uma situação muito difícil. O município está atendendo na medida do possível, com caminhões-pipa, mas está havendo muita morte de gado. Os pescadores não estão mais conseguindo fazer a pesca, estão recebendo assistência básica. Os rios estão muito baixos”.

De acordo com Serpa, a situação piorou desde o dia 5, e o município aguarda a homologação do decreto de emergência pelos governos do estado e federal para liberar recursos. “Para assistirmos melhor o nosso homem do campo, poque o município não tem condição financeira pra arcar com isso sozinho. A região norte e noroeste está toda na mesma situação. Estamos aguardando”.

No sistema de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública do Ministério da Integração Nacional, não consta nenhum município no estado do Rio de Janeiro na atualização feita no último dia 10. Segundo o ministério, existe um trâmite a ser seguido paraque  a situação de emergência seja homologada pelo governo federal e os casos dos municípios fluminenses ainda não foram solicitados.

O texto foi alterado às 16h41 para correção no último parágrafo: o correto é “os casos dos municípios fluminenses ainda não foram solicitadosi”, e não “os casos dos municípios fluminenses estão em análise”, como foi publicado

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  • Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil
  • 16/10/2017 16h00
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Depois de quatro meses praticamente sem chuva no norte e noroeste fluminense, pelo menos seis municípios da região decretaram situação de emergência por causa da estiagem. Área de produção agrícola, a pecuária e a lavoura deste ano já foram comprometidos pela falta d’água. A Defesa Civil estadual confirmou o decreto de emergência em Itaocara, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, São Fidélis e Santo Antônio de Pádua.

Em São Fidélis, a prefeitura publicou o decreto de emergência no último dia 5, por causa dos números e da situação apresentada pela Defesa Civil do município”. Segundo nota da prefeitura, cerca de 100 animais morreram em quatro meses sem chuva expressiva, com diminuição no índice pluviométrico de 72,57% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O município também registrou 363 hectares de áreas queimadas e diminuição no fluxo de água de nascentes, mananciais e poços que servem à zona rural. “O agronegócio sofreu uma queda muito grande, a produção leiteira diminuiu em torno de 50%, e as lavouras, principalmente as ligadas à olericultura, que é um dos fatores econômicos mais fortes do município de São Fidélis, também foram fortemente atingidas”, diz a nota da prefeitura.

A prefeitura de São Fidélis informa que foram abertos poços emergenciais para atender a população, além da oferta levada por caminhões-pipa, e destaca o trabalho de recuperação de nascentes. “Está sendo feita uma campanha da Defesa Civil do município de conscientização para que a população tanto da cidade quanto do interior economize água. Na zona urbana do município, a captação é feita no Rio Paraíba, que se encontra em um dos níveis mais baixos da sua história”.

Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Jamilton Serpa, a situação é grave.“Estamos em uma situação muito difícil. O município está atendendo na medida do possível, com caminhões-pipa, mas está havendo muita morte de gado. Os pescadores não estão mais conseguindo fazer a pesca, estão recebendo assistência básica. Os rios estão muito baixos”.

De acordo com Serpa, a situação piorou desde o dia 5, e o município aguarda a homologação do decreto de emergência pelos governos do estado e federal para liberar recursos. “Para assistirmos melhor o nosso homem do campo, poque o município não tem condição financeira pra arcar com isso sozinho. A região norte e noroeste está toda na mesma situação. Estamos aguardando”.

No sistema de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública do Ministério da Integração Nacional, não consta nenhum município no estado do Rio de Janeiro na atualização feita no último dia 10. Segundo o ministério, existe um trâmite a ser seguido paraque  a situação de emergência seja homologada pelo governo federal e os casos dos municípios fluminenses ainda não foram solicitados.

O texto foi alterado às 16h41 para correção no último parágrafo: o correto é “os casos dos municípios fluminenses ainda não foram solicitadosi”, e não “os casos dos municípios fluminenses estão em análise”, como foi publicado

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