Federação de Petroleiros não aceitará ‘pacote de maldades’ da Petrobras
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) informou que está tomando medidas jurídicas sobre o que classifica de “pacote de maldades” anunciado pela Petrobras para garantir a saúde financeira da companhia durante a crise trazida pelo coronavírus.
“Nós não vamos aceitar essas medidas. Estamos conversando com o jurídico para impedir a implantação desse pacote de maldades” disse em vídeo o secretário geral da entidade, Adaedson Costa.
Ele afirma que a empresa está pedindo o sacrifício de trabalhadores, mas mantém decisões contraditórias, como o pedido de 26% de aumento para seus administradores, a ser votado na Assembleia Geral Ordinária (AGO), e a criação de uma Fundação, no valor de R$ 4 bilhões, para terceirizar um serviço que hoje é gerido pela área de Recursos Humanos da estatal.
A Petrobras nega aumento na remuneração dos seus administradores, informando que a proposta que será debatida em assembleia se refere a uma remuneração variável (PPP) da diretoria e demais empregados da companhia.
As ações anunciadas pela empresa envolvem corte de R$ 2 bilhões de gastos operacionais, poupando cerca de R$ 700 milhões em despesas com pessoal e postergando pagamentos de 10% a 30%, da remuneração mensal de funcionários.
A estatal também avisou que haverá mudança temporária de regimes de turno, além da redução da jornada de trabalho, de 8 horas para 6 horas, de cerca de 21 mil empregados.
Segundo a Petrobras, as medidas visam proteger o caixa da companhia, diante de uma demanda em queda pelos seus produtos e da derrocada do preço do petróleo.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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