Ferraço diz que reação contra programa do PSDB é de governistas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/08/2017 18h31 - Atualizado em 18/08/2017 18h33
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Wilson Dias/Agência Brasil Senador Ricardo Ferraço (ES), afirma que o governo espera que o PSDB se anule

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), considera que o governo está atuando para tentar destituir Tasso Jereissati (PSDB-CE) da presidência interina do partido. Sob o comando de Tasso, a legenda divulgou ontem uma propaganda nacional com críticas indiretas à gestão do presidente Michel Temer e também uma espécie de mea culpa.

“A reação que vem contra o programa do PSDB é dos governistas, está evidente a participação do governo nessas declarações”, disse Ferraço à reportagem. Após a veiculação da propaganda partidária, ministros tucanos criticaram publicamente o conteúdo do vídeo.

Para Ferraço, no entanto, a reação foi “descabida e desproporcional”. O senador afirmou ainda que há movimentos para que o PSDB se transforme em “força auxiliar do governo”. “Há esforço (do governo) para que o PSDB se anule”, continuou tucano. Ele contou que conversou com Tasso hoje e que o senador cearense descartou qualquer hipótese de renúncia.

Além disso, o presidente interino teria lembrado que, ao assumir o comando da legenda, recebeu carta branca do presidente afastado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), para tomar decisões. “A decisão de retornar ou não à presidência do PSDB é unilateral do presidente Aécio Neves, acho que será um equívoco, mas é uma decisão unilateral dele. O projeto do Tasso está correto e coerente com os princípios e valores do partido”, avaliou Ferraço.

Aliado de Tasso, o parlamentar saiu em defesa do correligionário e disse que ele continua tendo “respaldo total” dentro do partido. “Tasso não está sozinho nesse projeto que ele lidera”, frisou. Para Ferraço, o programa divulgado na quinta-feira “dialoga com os dados da vida real e faz uma crítica contundente ao esgotamento do sistema político”. “Claro que o PT é o maior responsável pelos problemas do País, mas não podemos deixar de admitir que se o sistema está colapsado nós somos parte dele ao, de alguma forma, permitirmos a incorporação dessa velha política “

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