Ferraço fala em “legado perverso” de Dilma e crê em sessão de até 30h

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2016 15h12
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Pedro França/Agência Senado Ricardo Ferraço - Ag. Senado

O plenário do Senado vai começar a definir nesta terça-feira se dará andamento ao processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. A sessão de pronúncia poderá durar até 30 horas. De acordo com o senador Ricardo Ferraço (PSDB), em entrevista exclusiva à Jovem Pan, não deve ocorrer nenhum tipo de acordo para que o tempo seja reduzido, já que se trata da primeira etapa definitiva para julgar o afastamento da petista “por todos os crimes que cometeu”.

“Tudo indica que não há ambiente pra qualquer tipo de acordo. O julgamento da pronúncia é a primeira fase definitiva para que nós possamos deliberar sobre o necessário afastamento, em definitivo, da presidente Dilma por todos os crimes que cometeu contra o povo brasileiro. (…) Uma crise econômica sem precedentes. Ao desorganizar as contas públicas do país, a presidente Dilma mergulhou o povo brasileiro numa dificuldade sem referência na nossa história”, afirmou Ferraço.

O senador ainda acusou a petista de “improbidade administrativa”, ao permitir que uma quadrilha se apropriasse da Petrobras e de outras empresas brasileiras.

“Atentou contra improbidade administrativa, permitindo que uma quadrilha se apropriasse da Petrobras, de estatais brasileira, de fundos de pensão, pra praticar e transgredir contra a lei, atendendo a interesses de partidos e aliados e assim por diante. Então veja você que atentar contra a probidade e mergulhar nosso país numa crise sem precedentes é que está na origem desse processo de impedimento que a presidente está sofrendo e que, se Deus quiser, nós vamos ter uma sessão longa, dura, de muito estresse, mas nós vamos estar firmes, aqui na luta, para que o nosso país possa virar essa página”, disse.

Segundo o tucano, a expectativa é que o processo esteja concluído no final de agosto para que, assim, seja possível consertar a “herança perversa” deixada pela presidente Dilma Rousseff.

“Eu acredito sim que até o final do mês de agosto nós estaremos concluindo o nosso processo aqui no Senado e aí, virando essa página, e se dedicando muito, mas muito mesmo mesmo, pra consertar todo esse legado perverso, essa herança perversa, que foi deixada pela presidente Dilma e pelos seus aliados”, finalizou Ferraço.

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