Ferrovia Bioceânica já se justifica só pelo lado brasileiro, diz Barbosa

  • Por Agência Brasil
  • 10/06/2015 14h01
Marcelo Camargo/Agência Brasil Ministro do Planejamento

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira (10) que a Ferrovia Bioceânica, que ligará o Centro-Oeste à Região Norte e ao Peru, poderá ser feita por etapas. Para o ministro, a obra já se justifica só pelo lado brasileiro no trecho brasileiro até Porto Velho, em Rondônia, para escoamento da produção pelo Rio Madeira e melhoria da infraestrutura para transporte de grãos.

De acordo com o ministro, trem-bala só faz sentido se fizer todo traçado. “A Ferrovia Bioceânica pode ser feita em partes, começando pelas que são mais viáveis comercialmente”, esclareceu Barbosa em audiência nas comissões de Infraestrutura  e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado.

A senadores preocupados com a construção de determinados trechos, independente do projeto ser totalmente construído, como prevê o Programa de Investimento em Logística (PIL) anunciado ontem (9) pelo governo, o ministro (10) , o ministro explicou que uma série de definições sobre a ferrovia ainda depende da conclusão dos estudos por empresas chinesas, o que deve ocorrer em maio de 2016.

Segundo Nelson Barbosa, ainda não está definido se a concessão dos 3,5 quilômetros previstos será de uma vez e a um mesmo grupo ou por trechos. 

“É uma ferrovia que, além da economia, tem uma importância estratégia. Por isso, foi objeto de acordo entre três governos. Vamos criar uma rota alternativa de escoamento da produção agrícola do Brasil, pelo Pacífico, sem passar pelo Canal do Panamá. A construção se dará por etapas e levará algum tempo. O objetivo é, uma vez concluído e analisado o estudo, começar a obra até 2018. Obviamente a conclusão levará mais que quatro anos”, acrescentou Nelson Barbosa.

O ministro destacou que é preciso ter taxa de retorno atraente para o setor privado nas concessões, mas em nível que o consumidor possa pagar. Segundo ele, com o PIL o governo quer transformar demanda em investimentos. “Por isso, o diálogo com governadores será intensificado para melhor identificar as necessidades em infraestrutura de cada região.”

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