Fiocruz diz que cerca de 3.000 instalações de saúde no Rio Grande do Sul foram afetadas pelas enchentes
Levantamento engloba hospitais, postos de saúde, farmácias e clínicas particulares; pesquisador da entidade propõe revisão nos critérios de localização
Um levantamento recente realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) trouxe à tona uma realidade preocupante sobre o impacto das calamidades nas instalações de saúde do Rio Grande do Sul. Segundo o estudo, aproximadamente 3.000 estabelecimentos de saúde, englobando hospitais, postos de saúde, farmácias e clínicas particulares, sofreram com as consequências das chuvas e enchentes no Estado. Diego Xavier, pesquisador do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz, destaca a urgência de uma resposta mais eficaz e uma preparação adequada para enfrentar essas adversidades, sugerindo até mesmo uma revisão nos critérios de localização dessas instalações para fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde.
O impacto dessas calamidades afetou diretamente cerca de 2,5 milhões de pessoas. Entre os mais atingidos estão os moradores de 240 favelas, 40 comunidades quilombolas e cinco aldeias indígenas, que vivem em áreas de alto risco, como zonas propensas a inundações. Xavier enfatiza a necessidade de uma abordagem integrada para melhorar os sistemas de saúde, que leve em consideração a segurança habitacional e o atendimento de saúde subsequente, dada a complexidade e a interconexão das questões envolvidas. A Fiocruz tomou a iniciativa de instalar uma sala de situação em apoio ao centro de operações de emergência do Ministério da Saúde no Estado. Esse esforço tem como objetivo auxiliar na tomada de decisões relacionadas à reconstrução da infraestrutura de saúde, tanto para o setor público quanto para o privado.
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