Flávio Bolsonaro: ‘Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos’

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2019 15h48 - Atualizado em 22/01/2019 15h56
Reprodução/Facebook Flávio homenageou suspeitos de serem milicianos

O senador eleito Flávio Bolsonaro se manifestou nesta terça-feira (22) sobre homenagens realizadas por ele em 2003 e 2004 a dois policiais militares que foram alvos da Operação Intocáveis, contra milicianos de Rio das Pedras, na zona oeste carioca. A ação foi realizada nesta manhã contra 13 pessoas pela Polícia Civil e o Ministério Público.

“Quanto a homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos”, escreveu Flávio em nota publicada nas redes sociais. Na época, ele era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega e o major Ronald Paulo Alves Pereira são os homenageados que foram alvos da operação. A mãe de Adriano, Raimunda Magalhães, e a esposa de Ronald, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, trabalharam no gabinete do parlamentar.

Parentes

As duas parentes dos policiais acusados de pertencerem a milícias tinham salários de R$ 6.450. Raimunda, inclusive, chegou a aparecer em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por ter repassado R$ 4.600 a conta bancária de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.

No texto divulgado no Facebook, Flávio afirmou que “continua sendo vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo” do pai. O senador eleito também aproveitou para creditar a Queiroz a responsabilidade pela contratação de Raimunda. “Não ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados.”

“A funcionária que aparece no relatório foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei.” Flávio tem adotado discurso contra Queiroz em entrevistas desde a suspensão de investigações.

*Nota à Imprensa*Continuo a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair…

Publicado por Flavio Bolsonaro em Terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Caso anterior

Não é a primeira vez que pessoas ligadas ao senador eleito têm prisão decretada por envolvimento de milícias. Em setembro do ano passado, outros dois policiais militares que trabalharam na campanha de Flávio Bolsonaro foram detidos sob a mesma suspeita.

Na ação desta terça, os denunciados são apontados como integrantes de milícia que atua em comunidades de Rio das Pedras e Muzema, todas na zona oeste. Os agentes também estiveram em endereços dos denunciados e de empresas relacionadas ao grupo.

Em dezembro passado, o general Richard Nunes, então secretário de Segurança do Rio, revelou que milicianos ligados à grilagem de terras e que atuam na zona oeste da capital haviam ordenado a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). No crime, ocorrido em março e ainda sem conclusão, morreu também o motorista Anderson Gomes.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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