Flávio Bolsonaro comprou 19 imóveis por R$ 9,4 milhões, diz revista

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2019 19h58 - Atualizado em 15/05/2019 20h15
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Fábio Motta/Estadão Conteúdo Flávio Bolsonaro está sendo investigado pelo Ministério Público

O Ministério Público (MP) apontou que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) comprou 19 imóveis por R$ 9,425 milhões entre 2010 e 2017. O filho do presidente Jair Bolsonaro teria lucrado R$ 3,089 milhões com as transações. Segundo o MP, os negócios têm “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”, o que indica lavagem de dinheiro. As informações são da revista Veja.

De acordo com o documento obtido pela revista, o Ministério Público diz que as transações poderiam “simular ganhos de capital fictícios”. O objetivo seria encobrir “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos”. Na época, Flávio era deputado estadual no Rio de Janeiro. O órgão afirma ter encontrado indícios de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo gabinete do então deputado.

O documento sigiloso mostra que os imóveis comprados pelo senador se valorizaram muito acima da média na época. Um deles, um apartamento em Copacabana, foi comprado por R$ 170 mil em novembro de 2012 e vendido por R$ 573 mil um ano depois. A valorização do imóvel foi de 237%, enquanto a média para a região era de 9% na época.

Entre dezembro de 2008 e setembro de 2010, Flávio Bolsonaro adquiriu 10 salas comerciais em um prédio na Barra da Tijuca por R$ 2,662 milhões. Em outubro de 2010, ele vendeu as salas para a empresa MCA Exportação e Participações por R$ 3,167 milhões. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Fiscais (Coaf), há “sérios indícios” de lavagem de dinheiro nas operações.

Histórico

Esta não é a primeira vez que Flávio Bolsonaro é acusado de movimentação suspeita de dinheiro com negócios envolvendo imóveis. Em janeiro, a Folha de S.Paulo revelou que o senador realizações operações de compra e venda de imóveis entre 2012 e 2014 que lhe renderam lucro de 260%.

Na época, o senador negou irregularidades e afirmou que as operações foram normais.

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