Flávio Bolsonaro reclama de quebra de sigilo: ‘Não sou tratado como um brasileiro normal’
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) reclamou da quebra de seu sigilo bancário. Em entrevista ao SBT, nesta quarta-feira (15), ele afirmou que é vítima de ilegalidades. “Sou vítima, uma vez atrás da outra, de ilegalidades. Não sou tratado como um brasileiro normal”, disse.
A quebra de sigilo de Flávio foi pedida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e acatada pelo juiz da 27º Vara Criminal do Rio Flávio Itabaiana Nicolau. O filho do presidente Jair Bolsonaro evitou falar que está sendo perseguido pelo juiz. “Eu não posso afirmar que ele está fazendo [perseguição], mas claramente é uma decisão que a gente vai recorrer”, explicou.
O parlamentar também rechaçou as acusações de que está tentando atrapalhar as investigações sobre a movimentação atípica de dinheiro em seu gabinete. “Eu nunca falei que sou contra a investigação, que estou tentando impedir alguma coisa, nada disso. O que eu sempre relutei e me causa revolta é a forma como as coisas estão acontecendo”, ressaltou.
Além de Flávio Bolsonaro, o ex-motorista dele Fabrício Queiroz e outras 88 pessoas ligadas ao gabinete do político tiveram os sigilos quebrados. Entre elas, estão Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, esposa e mãe, respectivamente, do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de ser um dos chefes de uma milícia no Rio de Janeiro. Elas eram funcionárias do parlamentar.
“Elas são pessoas que trabalhavam normalmente no meu gabinete, mas não tenho como saber e controlar o que elas fazem da porta pra fora”, afirmou o senador. Ele também reclamou de uma tentativa de associação da imagem dele às milícias. “Eu já cansei de falar que sou totalmente contra milícia. Nunca apoiei milícia na minha vida, sempre apoiei policiais”, declarou.
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