‘Foi um pesadelo’, diz mãe de estudante estuprada no Metrô de SP

Crime ocorreu na última quarta-feira na plataforma da estação Sacomã, da Linha 2-Verde

  • Por Nicole Fusco
  • 24/08/2018 20h01 - Atualizado em 24/08/2018 20h17
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Jovem Pan Thiago Navarro/Jovem Pan Nas redes sociais, uma série de outros relatos, envolvendo as estações Vila Mariana, Ana Rosa e Paraíso, todas da Linha 1-Azul, está sendo divulgada. De acordo com o governo do estado de São Paulo, porém, não há nenhum registro formal (boletim de ocorrência) que confirme os casos.

A Polícia Civil realizou nesta sexta-feira diligências na estação Sacomã, da Linha 2-Verde, do Metrô de São Paulo para investigar o caso de estupro que ocorreu na última quarta contra uma estudante de 18 anos. O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Sul da capital paulista. Os investigadores ainda precisam analisar as câmeras de segurança do local.

Em entrevista à Jovem Pan, a mãe da menina contou que a filha estava na fila da bilheteria da estação quando foi abordada pelo rapaz, que teria cerca de 25 anos de idade, para tirar uma dúvida de como chegar à estação Consolação, também na Linha 2-Verde. Depois de explicar o trajeto, ela desceu as escadas e se dirigiu ao local onde costuma embarcar no trem. O homem, então, a puxou e a jogou no chão. “Depois que ele a estuprou, ele disse: ‘agora você vai estudar e eu vou te acompanhar'”, contou a analista de sistemas, de 46 anos.

Os dois foram juntos até a estação São Joaquim, na Linha 1-Azul. “Ele manteve uma certa distância da minha filha nesse período, o que deu tempo a ela de avisar alguns amigos”, disse a analista. Depois que saiu do metrô, a garota foi até o Hospital Municipal de São Bernardo do Campo e também registrou o Boletim de Ocorrência (B.O.).

A mãe disse que a estudante está bem, embora não queira mais “relembrar o caso”. “É um pesadelo”, definiu ela.

Nas redes sociais, uma série de outros relatos, envolvendo as estações Vila Mariana, Ana Rosa e Paraíso, todas da Linha 1-Azul, está sendo divulgada. De acordo com o governo do estado de São Paulo, porém, não há nenhum registro formal (boletim de ocorrência) que confirme os casos.

“Esses rumores em relação a outros bairros são só rumores mesmo. Não há nenhum registro de crimes em outras estações de Metrô ou nas proximidades dessas estações”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Mágino Alves, nesta sexta-feira, depois de ter participado da agenda do governador Márcio França (PSB).

Em nota, a SSP afirmou que “a pasta vem adotando medidas no combate a este tipo crime e aperfeiçoando os atendimentos e acolhimentos oferecidos as vítimas”.

Abaixo, a íntegra da nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

“A 2ª DDM (Sul) instaurou inquérito policial para apurar o caso ocorrido na última quarta-feira (22), no Sacomã. As imagens das câmeras de segurança já foram solicitadas ao Metrô. No primeiro semestre deste ano, a polícia paulista prendeu 925 pessoas no Estado.

A pasta vem adotando medidas no combate a este tipo crime e aperfeiçoando os atendimentos e acolhimentos oferecidos as vítimas. Uma das ações é o Protocolo Único de Atendimento, implantado em 2017. Os policiais de São Paulo também contam, desde 2015, com o Banco de Perfis Genéticos, que até maio tinha 2.539 perfis inseridos no sistema. Além disso, há o convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, que possibilitou o atendimento das vítimas de violência sexual no Hospital Pérola Byington, por meio do programa Bem-me-quer.”

*Com informações do Repórter Tiago Muniz

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