Força-tarefa de Goiás recebe mais de 300 mensagens em canais de denúncias contra João de Deus
A força-tarefa instituída pelo Ministério Público de Goiás para apurar as acusações de abuso sexual feitas contra o médium João de Deus recebeu desde a última segunda-feira (10), quando foi criado o e-mail para recebimento de denúncias de vítimas, um total de 330 mensagens e contatos por telefone.
Essas vítimas se identificaram como sendo de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.
Na quarta (12), o MP-GO pediu que a Justiça determinasse a prisão preventiva do médium. Para que ele seja detido, é preciso que um juiz aceite o pedido protocolado por promotores.
O procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, encaminhou um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs Estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium. A força-tarefa do MP-GO contra quatro promotores e o apoio de duas psicólogas e está recebendo denúncias pelo e-mail denuncias@mpgo.mp.br.
Entenda o caso
As acusações contra o médium, que diz realizar tratamentos e “cirurgias espirituais” por meio de entidades que “incorpora”, surgiram no sábado (8), quando um programa de televisão conversou com vítimas. Em todos os casos, João levava a mulher para uma sala reservada para sessão em busca de milagres, o que acabava evoluindo para toques e estupros.
Em 40 anos de atuação no interior goiano, João de Deus já atendeu três presidentes (Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer) e diversos famosos.
Na primeira aparição pública desde que veio à tona a primeira denúncia, João de Deus chegou ao Centro Dom Inácio de Loyola, nesta quarta, cercado por seguidores. “Eu sou inocente” foi sua única declaração. Cerca de 400 adultos e crianças estiveram no local pela manhã – isso representaria um terço do movimento habitual.
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