Fracasso na mobilização popular é reflexo da estratégia de Lula

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2017 17h11
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EFE Manifestantes pró-Lula se reuniram antes do início do 1º depoimento ao juiz Sérgio Moro, em maio de 2017

O baixo número de manifestantes em Curitiba, durante o depoimento de Lula ao juiz federal Sérgio Moro, foi debatido no programa 3 em 1 da Jovem Pan, nesta quarta-feira. De acordo com o cientista político, Murilo Aragão, o fracasso é resultado da estratégia que o ex-presidente e sua equipe tomaram nos últimos dias.

“Nenhuma das manobras políticas para cancelar o depoimento funcionaram. Não conseguiram diminuir o impacto do depoimento e da Operação Lava Jato. Tudo que ele veio fazendo, tentando se transformar em vítima, foi um erro de estratégia. É um fracasso a mobilização popular nesta data”, disse.

Murilo Aragão acredita que a forma que parte da mídia vem tratando o encontro entre o réu e o juiz federal também contribuiu para essa baixa adesão. “Lula fala em perseguição e motivação política. Moro foi as redes sociais para se pronunciar. Toda essa narrativa foi impulsionada pela própria mídia, que vem tratando o encontro como desafio de titãs, mas no final ajudou apenas os atores a representar seus papeis”.

Questionado sobre o futuro de Lula, que está tendo sua candidatura cogitada nas próximas eleições presidenciais, e também da esquerda brasileira, o Aragão acredita que o máximo a ser feito pelo ex-presidente, caso ele não seja considerado culpado em uma das cinco ações penais nas quais é réu, é pleitear uma cadeira no Senado.

“O melhor para Lula seria ser candidato ao Senado por algum Estado do Nordeste, pois teria palanque, imunidade parlamentar por oito anos, além de poder liderar a oposição dentro do congresso. Mas, ele não pode ser candidato devido a essa vitimização. Mesmo sendo a única opção e solução para o PT voltar ao poder”, concluiu.

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