Fraudes devem diminuir vendas na Black Friday
A tão esperada Black Friday, nesta sexta-feira (24), deve movimentar R$ 2,2 bilhões em negócios, 20% a mais do que a edição 2016. A data tem sido aguardada pelos consumidores ávidos por descontos e ofertas vantajosas. Mas a arrecadação poderia ser bem maior, não fosse o elevado número de fraudes.
De acordo com Alessandra Giner, CEO do Pagar.me, empresa de tecnologia em pagamentos, as transações negadas pelos bancos estão próximos a 14% das compras. O que gera uma perda da ordem de R$ 360 milhões ao varejo.“Um estudo realizado por nossa área de comportamento de mercado mostra que mais da metade destas negativas se devem a prevenção a fraudes e uma parcela muito pequena por falta de saldo”, explica.
Segundo a executiva, as maiores suspeitas de fraudes pelas instituições envolvem o preenchimento incorreto de dados na hora da compra, principalmente por consumidores que não estão familiarizados com o comércio eletrônico. O “simples” erro leva ao bloqueio dos dados e possível cancelamento da compra.
Procon vai monitorar “Black Fraude”
O Procon de São Paulo promete um plantão especial para auxiliar os compradores a fugirem da indesejada “Black Fraude”. No site da entidade já consta uma relação dos e-commerces a serem evitados. Até o momento constam 518 estabelecimentos notificados.
Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, a coordenadora do Procon-SP, Renata Reis, revelou quais costumam ser as principais queixas identificadas pela entidade. “Em 2015, os principais problemas foram relacionados a maquiagem de descontos (28%), produto ou serviço indisponível (26%), mudança de preço ao finalizar a compra (16%) e site instável ou intermitente (5%)”, afirmou Renata Reis.
“Entendemos que as empresas ainda têm muito mais capacidade para melhorar a relação com o consumidor”, completou
Já a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), revelou que o gasto médio deve ser de até R$ 1 mil. Entre os itens mais procurados estão: smartphones (29%), roupas (28%) e eletrodomésticos (25%).
Algumas recomendações para não cair em ciladas são: fazer uma lista antecipada do que se deseja comprar nesta data, comparar preços, inclusive os antigos, gastar com prudência e evitar assumir longas dívidas.
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