Freixo critica general e diz que só deixará de ser ameaçado quando assassinos de Marielle forem presos
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) criticou nesta sexta-feira (14) o secretário estadual da Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, que atribuiu a morte de Marielle Franco a milicianos interessados na grilagem de terrenos na zona oeste da capital fluminense. Para o parlamentar, não interessam mais declarações sobre possibilidades, mas o efetivo esclarecimento do crime.
Na quinta (13), foi divulgado um relatório da Polícia Civil com detalhes do plano que um grupo de milícia elaborou para tentar assassinar Freixo. A execução aconteceria neste sábado (15) e acabou fazendo com que ele cancelasse a agenda. No dia seguinte, o deputado disse que continuará recebendo ameaças até que os responsáveis pela morte de Marielle sejam presos. Ele acredita que os criminosos sejam os mesmos.
“Se não descobrirmos quem mandou matar Marielle e por que mandou matar, isso significa dizer que um grupo político pode ter a violência como método, pode, se contrariado, matar. Talvez eles descubram que podem matar não só uma juíza, não só uma deputada, não só uma vereadora, mas podem matar um promotor, uma jornalista, podem matar outros. Basta que seus interesses sejam ameaçados”, afirmou.
Nesse sentido, ele disse que é “inadmissível” que o general dê “declarações de efeito para ganhar tempo” nove meses depois do crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes. Freio concedeu entrevista na Assembleia Legislativa do Rio. “É tempo de apresentar provas e concluir o caso. A gente não quer que, no final do ano, no final da intervenção, seja apresentado qualquer resultado. Isso também não é aceitável.”
*Com informações da Agência Brasil
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