Frota da PM do Rio será renovada, diz governo
O governo do Rio divulgou nesta sexta-feira, 2, que “até meados de abril” entram em operação 290 carros adquiridos pela Polícia Militar para a segurança do Estado. A compra foi feita em pregão eletrônico com a montadora Ford. Os veículos estão em fase de teste e de acabamento.
Da marca Ford Ka, os automóveis custaram R$ 37,6 milhões, “R$ 1,4 milhão a menos do que o valor previsto no edital de licitação aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)”, conforme as informações oficiais.
Também está prevista a reforma de 748 viaturas nas 61 oficinas da PM, informou nota oficial, ao custo de R$ 2,5 milhões. Estas representam 30% das patrulhas que deixaram de circular, por falta de condições. “A manutenção das viaturas é resultado da licitação aprovada pelo TCE, com previsão orçamentária de R$ 93 milhões”, diz o informe.
O sucateamento da frota da PM, agravada com a crise financeira do Estado, é apontada pelos policiais como um entrave para a eficácia no policiamento. Há carros sem qualquer manutenção, inclusive com portas com problemas, que não fecham corretamente
No ano passado, um relatório mostrou que quase a metade da frota que deveria estar patrulhando as ruas (de seis mil carros) estava parada. Já faltou até dinheiro para o combustível das patrulhas, que, por conta disso, passaram a ficar mais tempo sem uso nos batalhões.
No pregão eletrônico, a PM encomendou, no total, 580 patrulhas tipo sedan, sendo 530 rádios-patrulha e 50 descaracterizadas para uso do serviço reservado, segundo o governo. Um novo pregão eletrônico será destinado à compra de 170 viaturas do tipo patamo, essas avaliadas em R$ 25,2 milhões.
Na quarta-feira, 28, em entrevista sobre a intervenção federal na segurança do Rio, o interventor, general Walter Braga Netto, disse que um dos focos do trabalho era melhorar a gestão da área
Um dos objetivos será a recomposição do efetivo da PM, por meio do resgate de policiais que hoje estão cedidos a outros órgãos, e também da frota de veículos usada no patrulhamento.
Antes da intervenção, a Secretaria de Segurança tentava recompor o efetivo e os automóveis, mas faltou dinheiro – o Rio decretou calamidade nas finanças em junho de 2016.
Questionado, Braga Netto disse na quarta não ter informações sobre os recursos para as ações. “No momento, temos o que está previsto no decreto: recursos de segurança pública já existentes no Estado, e Brasília nos dará um aporte. Mas eu ainda não tenho as informações de valores.”
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