Após fuga de presídios, polícia já recapturou mais de 600 presos
Após o início de rebeliões simultâneas em ao menos cinco presídios do Estado de São Paulo, a Polícia Militar já recapturou 603 presos até a tarde desta terça-feira (17).
De acordo com Secretário de Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo, as rebeliões foram controladas ainda na noite desta segunda. Os presos já recapturados são dos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz.
“Foram 1.365 fugas, com 603 recapturados até esta tarde. Essa é a informação mais atualizada até o momento. A contagem tem sido feita de acordo com as atualizações das forças de segurança que atuam nos locais”, disse em entrevista exclusiva à Jovem Pan.
O motim realizado por presos de centros de detenção teve início na noite desta segunda após a suspensão da saída provisória, que teria início nesta terça. A medida foi adotada após a alta no número de casos do novo coronavírus no país.
De acordo com o secretário, cerca de 35 mil presos seriam liberados nesta terça através do benefício, que é previsto em lei. Atualmente, o Brasil tem 290 casos da Covid-19 e mais de 8 mil suspeitos. Com a saída, o cenário poderia ser agravado. Como medida de prevenção, os recapturados passarão por um “regime de observação” durante 20 dias.
“Para verificar alguma moléstia, sintomas e também condições de convivência com outros presos. Então, todos os recapturas passarão pelo regime de observação, nesse caso, especialmente uma observação clínica”, ressaltou
Para o secretario, no entanto, não há ainda a previsão da suspensão das visitas, medida vigente em penitenciárias federais brasileiras contra a transmissão do coronavírus.
“Hoje não vemos a aplicação de suspensão de visitas nesse momento, mas pode ser que mude esse cenário. Temos um comitê que avalia essa situação diariamente.”
Confira a entrevista na íntegra:
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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