Funcionários da Alesp doaram R$103 mil para a campanha de Cauê Macris
Registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que nove funcionários da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) doaram, juntos, R$103,5 mil para a campanha à reeleição do presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB).
As doações foram feitas por assessores, diretores e até pelo secretário-geral de administração da Alesp. Seis delas aconteceram no mesmo dia e três dos funcionários doaram R$20 mil cada um, valores superiores aos vencimentos deles na Casa.
O diretor do Departamento de Comunicação da Alesp, Matheus Granato, também integra a lista. Segundo ele, “a doação foi legal e compatível” com a renda mensal do cargo, que é de R$19,5 mil. “Não sabia que outros funcionários fizeram doações”, disse.
Os valores doados pelos servidores superam inclusive o doado pelo próprio Macris na campanha: somente R$ 1,8 mil. Ao todo, o tucano arrecadou R$ 751 mil.
Nesta segunda (25), o deputado estadual eleito Gil Diniz (PSL) formalizou um termo de declaração na Promotoria do Patrimônio Público pedindo apuração sobre o caso. “Essa questão chegou até a mim por meio de eleitores. Como me pareceu atípico, resolvi acionar o MP, órgão competente para investigar isso.” As contribuições devem ser alvo de investigação do Ministério Público Estadual.
Em nota, Macris afirmou que “causa estranheza que nas vésperas da eleição da Mesa Diretora”, o líder do PSL “tente criar um factoide político com uma denúncia caluniosa”. Segundo a nota, as contas de Cauê foram aprovadas pelo TSE. “Aqueles que se intitulam a nova política utilizam de práticas obscuras da velha política para tentar confundir a sociedade, como se existisse algo ilegal na prestação de contas do deputado”.
Com Agência Estado
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