Futuro ministro da Educação promete seguir ‘valores tradicionais ligados à preservação da família’

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2018 16h41 - Atualizado em 23/11/2018 16h42
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Reprodução/Twitter Em carta, ele diz que pretende pôr a gestão do MEC no contexto de 'valores caros à sociedade brasileira'

Ricardo Vélez Rodríguez, professor colombiano indicado nesta quinta-feira (22) para assumir o Ministério da Educação, distribuiu uma mensagem de apresentação à imprensa, através da assessoria do ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, nesta sexta (23). Na carta, ele diz que pretende pôr a gestão do MEC no contexto de valores caros à sociedade brasileira – que, segundo ele, tem “essência conservadora” e é “avessa a experiências que pretendem passar por cima de valores tradicionais ligados à preservação da família”.

Vélez Rodríguez também elogia as promessas de campanha de Jair Bolsonaro (PSL), como o combate à “república dos favores”, critica a “instrumentalização ideológica da educação”, e destaca que o País assiste a uma desvalorização dos professores (especialmente no Ensino Fundamental e no Médio) e que essa situação deve ser revertida por meio de “uma política educacional que olhe para as pessoas”.

“Tocqueville frisava que o município é a escola primária da democracia”, escreve, fazendo referência ao filósofo francês Alexis de Tocqueville, de pensamento liberal. “É o município que deve ser o foco na organização da nossa legislação educacional (…) Menos Brasília e mais Brasil”, completa.

Por fim, afirma que o seu desejo “é cumprir a contento” o ideal proposto por Bolsonaro e finaliza a mensagem com a saudação de campanha do presidente eleito: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Vélez Rodríguez foi anunciado depois que a bancada evangélica mostrou preocupação com a suposta nomeação de Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna. Para integrantes da Frente Parlamentar Evangélica (que faz parte da base de apoio do presidente eleito no Congresso), Mozart não tinha “afinidade ideológica” com o novo governo. Pessoas próximas do educador disseram que ele não aprovava projetos como o Escola sem Partido.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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