Gabrielli: indicação de diretores na Petrobras cabe ao conselho de administração

Sergio Gabrielli em depoimento à CPI

Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-presidente da estatal, Sergio Gabrielli, afirmou que eventuais indicações para a diretoria da empresa durante a sua gestão, entre 2005 e 2012, foram feitas pelo conselho de administração, que tem maioria de componentes do governo, acionista majoritário da estatal.

A afirmação foi feita em resposta a uma pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que citou declaração do ex-diretor da estatal e um dos delatores da Operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa, para quem “as indicações dos nomes de diretores sempre eram políticas”.

Gabrielli disse que quando chegou à presidência da Petrobras, em 2005, os diretores já estavam escolhidos. Posteriormente, houve mudanças apenas na diretoria de gás, com a entrada de Graça Foster, e a substituição de Nestor Cerveró por Jorge Zelada, na diretoria da área internacional “com os argumentos de que a empresa precisava de perfis diferentes” nessas diretorias. Os critérios são do governo e não da diretoria da Petrobras”, disse Gabrielli.

Luiz Sérgio chegou a defender o adiamento do depoimento de Gabrielli para a próxima semana, com o argumento de que a reunião havia se esvaziado após o depoimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concluído no início da tarde. A proposta, no entanto, não teve ressonância entre os integrantes do colegiado. Durante a inquirição do relator, deputados da oposição se queixaram do tempo que Gabrielli usa nas respostas e do conteúdo, que seria repetitivo em relação a depoimentos passados na CPI mista que investigou o caso em 2014.