PF já fez 32 operações para encontrar terrorista Battisti — todas sem sucesso

Estadão Conteúdo A prisão do italiano Cesare Battisti foi determinada na semana passada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia seguinte, o presidente Michel Temer assinou o decreto que autoriza sua extradição

O diretor da Polícia Federal (PF), Rogério Galloro, afirmou nesta sexta-feira (21) que a instituição realizou 32 operações para tentar localizar o terrorista italiano Cesare Batitsti. Na semana passada, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do italiano e, no dia seguinte, o presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição de Battisti.

“Já foram realizadas mais de 32 operações. Nenhuma delas logrou êxito”, afirmou Galloro em entrevista a jornalistas. Segundo ele, a PF tem “pistas” de onde ele possa estar.

“Os protocolos foram todos acionados. Os protocolos de busca de fugitivos nacionais e internacionais. Nós temos, sim, algumas pistas. Obviamente, não posso adiantar nada aqui”, explicou. “Acredito, sim, que ele vai ser encontrado. Não sei se no território brasileiro, mas ele será encontrado em razão dessa cooperação que existe entre as forças brasileiras e as internacionais.”

De acordo com Galloro, polícias internacionais já foram acionadas para localizar o italiano.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob a acusação de ter cometido quatro assassinatos no país nos anos 1970. Ele está no Brasil desde 2004 e foi preso em 2007, quando a Itália pediu sua extradição. Dois anos depois, o Supremo Tribunal Federal avaliou que o pedido do governo italiano era procedente e deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição.