General Heleno afirma que Congresso faz ‘chantagem’; Maia rebate e chama ministro de ‘radical ideológico’

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2020 13h54
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Marcos Corrêa/PR General Augusto Heleno General Augusto Heleno, GSI

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a declaração do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que afirmou que os parlamentares fazem “chantagem” no Congresso.

Nesta quarta, o ministro se justificou no Twitter, e afirmou que a divulgação da conversa que teve com o ministro da Economia Paulo Guedes “vazou para a imprensa”.

“Externei minha visão sobre as insaciáveis reivindicações de alguns parlamentares por fatias do orçamento impositivo, o que reduz, substancialmente, o orçamento do Poder Executivo e de seus respectivos ministérios”, tuitou.

O ministro ainda ressaltou que a opinião dada na conversa é “de minha inteira responsabilidade e não é fruto de qualquer conversa anterior”.

“Isso, a meu ver, prejudica a atuação do Executivo e contraria os preceitos de um regime presidencialista. Se desejam o parlamentarismo, mudem a constituição. Sendo assim, não falarei mais sobre o assunto”, finalizou.

Ainda nesta quarta, ao chegar para sessão no Congresso, Maia rebateu as críticas do general Heleno.

“Não vi por parte dele, nenhum tipo de ataque ao Parlamento quando a gente estava votando o aumento de salário dele, como militar na reserva. Quero saber se ele acha se o Parlamento foi chantageado para votar o projeto de lei das Forças Armadas”, criticou o presidente.

No áudio vazado, Heleno afirma que o governo não deve ceder “às chantagens” do Congresso e orienta o presidente Jair Bolsonaro a “convocar o povo às ruas”.

“Não é a primeira vez que ele ataca [o Parlamento], só que dessa vez veio a público”, disse o presidente da Câmara. “Uma pena que o ministro com tantos títulos tenha se transformado num radical, ideológico, contra a democracia, contra o Parlamento”, disse.

O presidente da Câmara ainda ressaltou que o Congresso vai continuar o diálogo com o governo, organizando pautas e votando projetos importantes.

*Com informações da Câmara Notícias

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