General nomeado por Bebianno deixa o governo de Jair Bolsonaro

O general da reserva Maynard Santa Rosa pediu demissão do comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2019 21h02
Divulgação / Exército Brasileiro O pedido de demissão do general Maynard Santa Rosa foi confirmado nesta segunda-feira (4)

O general da reserva Maynard Santa Rosa pediu demissão do comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão subordinado à Secretaria-Geral da Presidência. Ele era o último secretário nomeado pelo ex-ministro da pasta Gustavo Bebianno, primeiro ministro a perder o posto na Esplanada, ainda em fevereiro.

A saída do militar foi comunicada à sua equipe no início da tarde desta segunda-feira (4). Ao menos outros cinco militares, entre generais e coronéis do Exército, que trabalham na equipe de Santa Rosa devem deixar a SAE.

A saída do secretário foi motivada por descontentamentos na relação com o atual ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira. Logo que assumiu o cargo, em junho, Oliveira afastou a secretária de Modernização do Estado, Márcia Amorim, também nomeada por Bebianno.

Nas palavras de auxiliares, Oliveira deixou Santa Rosa na “geladeira”, sinalizando que não o queria mais no cargo. Depois de pedir demissão, o general conversou com Bebianno.

Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno foi demitido após desentendimentos com o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro.

O porta-voz do governo, Otávio Santana do Rego Barros, confirmou que Santa Rosa pediu demissão da SAE da Presidência. O porta-voz, no entanto, não comentou as razões da saída do general. Afirmou apenas que foi uma decisão “da lavra do próprio general”.

Exoneração em 2010 por Lula

Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também exonerou Santa Rosa. Na ocasião o general ocupava o cargo de chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército. O general havia criticado, em carta publicada na internet, a Comissão da Verdade, criada pelo governo para investigar crimes de violação aos direitos humanos durante o regime militar.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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