Gleisi Hoffmann rebate críticas por presença em posse de Maduro: ‘Deixar de ir seria covardia’
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou o Twitter para voltar a justificar sua ida à Venezuela para a posse de Nicolás Maduro nesta semana.
“Nenhuma surpresa as críticas dos q [sic] ignoram as razões por eu ter aceitado o convite pra posse na Venezuela. Deixar de ir seria covardia, concessão a direita. A esquerda pode ter críticas ao governo Maduro, mas o destino da Venezuela está nas mãos do seu povo e de mais ninguém”, escreveu nesta sexta-feira (11).
Nenhuma surpresa as críticas dos q ignoram as razões por eu ter aceitado o convite pra posse na Venezuela. Deixar de ir seria covardia, concessão a direita. A esquerda pode ter críticas ao governo Maduro, mas o destino da Venezuela está nas mãos do seu povo e de mais ninguém
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) January 11, 2019
Em outra postagem, ela acrescentou: “a Venezuela tem uma das maiores reservas de óleo do mundo. Seu presidente deve ser o próximo presidente da OPEP. A atitude belicista de Trump pode internacionalizar o conflito venezuelano. EUA querem criar condições p/ isso. Nossa região será um novo Oriente Médio?”.
Pra ñ esquecer: Venezuela tem uma das maiores reservas de óleo do mundo. Seu presidente deve ser o próximo presidente da OPEP. A atitude belicista de Trump pode internacionalizar o conflito venezuelano. EUA querem criar condições p/ isso. Nossa região será um novo Oriente Médio?
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) January 11, 2019
A petista já havia sido criticada após nota oficial explicando os motivos pelos quais compareceria à solenidade de Maduro.
Entre as justificativas estavam:
1. Mostrar que a posição agressiva do governo Bolsonaro contra a Venezuela tem forte oposição no Brasil e contraria nossa tradição diplomática;
2. Deixar claro que não concordamos com a política intervencionista e golpista incentivada pelos Estados Unidos;
3. Porque é inaceitável que se vire as costas ou se tente tirar proveito político quando uma nação enfrenta dificuldades;
4. Porque o PT defende, como é próprio da melhor história diplomática de nosso país, o princípio inalienável da autodeterminação dos povos;
5. Porque somos solidários à posição do governo mexicano e de outros Estados latino-americanos que recusaram claramente a posição do chamado Grupo de Lima;
6. Porque reconhecemos o voto popular pelo qual Nicolas Maduro foi eleito, e
7. Porque o PT estará sempre solidário ao povo, aos que mais precisam de apoio.
Nicolás Maduro foi reeleito em maio do ano passado com quase 70% dos votos. A eleição, porém, foi boicotada pela oposição, teve alta abstenção e muitas denúncias de fraude. A posse do presidente aconteceu pela primeira vez no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), diante do Judiciário e não do Parlamento, já que esse último teve as competências cassadas por autoridades chavistas logo após a oposição tomar a maioria da Assembleia Nacional nas eleições parlamentares de 2015.
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