Governadores tucanos pedem que estados sejam mantidos na reforma da Previdência

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2019 15h17 - Atualizado em 03/06/2019 16h03
Governo do Estado de SP Se Congresso retirar estados do texto, governadores teriam que votar leis próprias em suas respectivas assembleias

Governadores do PSDB se reuniram nesta segunda-feira (3), em São Paulo, para pedir a manutenção de estados e municípios na reforma da Previdência ao relator do texto na comissão especial da Câmara, o deputado (também tucano) Samuel Moreira. Estiveram no encontro João Doria, chefe do Executivo paulista, Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

“Estamos mobilizando nossas bancadas e vamos ajudar a mobilizar para que a Previdência tenha impacto para estados”, disse Leite. O governador de São Paulo emendou: “Não há o menor cabimento em destacar estados e municípios da reforma da Previdência”. Azambuja pediu ainda que o líder do PSDB leve o posicionamento para o colégio de lideranças da Câmara.

Se o Congresso retirar os estados da reforma da Previdência, os governadores teriam que votar leis próprias em suas respectivas assembleias, o que aumentaria o desgaste político. A preocupação dos partidos do centro é que, ao incluir os estados no novo regime, se desgastariam com suas próprias bases enquanto governadores de oposição, que mantêm discurso contrário, manteriam seu capital político e, ao mesmo tempo, se beneficiariam fiscalmente com a aprovação das mudanças na Previdência estadual.

O governador do Rio Grande do Sul minimizou o desgaste: “Capital político você tem que escolher onde vai colocar. Se lançam para os Estados a necessidade de fazer suas reformas, eu não tenho medo. Só que outras mudanças que eu poderia fazer vão ter que ser adiadas ou ignoradas porque teremos que investir capital político em reforma que já deveria estar resolvida em nível nacional”.

Estadão Conteúdo

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