Governo demorou para perceber gravidade da crise, declara Dilma
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e outros dois jornais, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Governo ao perceber a gravidade da crise econômica. Segundo ela, a reforma administrativa anunciada nesta segunda-feira (24) pelo Planalto irá cortar, além dos dez ministérios, mil dos cerca de 22,5 mil cargos de confiança existentes.
Dilma Rousseff reconheceu que as mudanças irão trazer alguma dificuldade política, mas ressaltou que elas são necessárias. A presidente afirmou ainda que ninguém será preservado dos cortes, o que leva ao entendimento que até mesmo o PT sofrerá modificações. “Vamos passar todos os ministérios a limpo”, declarou.
Ao ser questionada sobre a frase dada pelo vice de que era preciso alguém para reunificar o país, Dilma disse ter muita “intriga” no ar. “Não acho que o Temer falou com a intenção que atribuíram a ele. Ele é de extrema lealdade comigo”, disse.
Sobre a bomba lançada no Instituto Lula e ao boneco do ex-presidente na manifestação do dia 16 de agosto, Dilma disse: passam de todos os limites”. Lula diz não achar “correto atitudes de tentar diminuí-lo”, de tentar “envolvê-lo”. Para a presidente, atos de intolerância são inadmissíveis.
Sobre a Operação Lava Jato, Dilma afirmou que ninguém pode interromper o processo, mas defendeu investigações rápidas e efetivas.
A respeito dos rumores no mercado financeiro de uma saída do ministro Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, por ter viajado para os Estados Unidos, Dilma desmentiu. “Isso é mentira. Ele foi ver a menina [filha] dele, que vai morar na China”.
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