Governo do DF rejeita recomendação para demolir viaduto que desabou
O governo do Distrito Federal rejeitou uma recomendação da Universidade de Brasília (UnB) para demolir toda a estrutura do viaduto que desabou parcialmente, no centro da capital federal, no dia 6 de fevereiro. Dos 194 metros de comprimento do elevado, no Eixão Sul, um trecho de 30 metros caiu sobre carros que estavam estacionados e um restaurante, sem deixar feridos. Especialistas do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB apontaram falta de manutenção e apresentaram laudo para cobrar a reconstrução completa da via.
Em entrevista nesta quarta-feira (28), o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DNER), Márcio Buzar, informou que uma licitação será aberta na segunda quinzena de abril para reconstruir apenas um dos oito tabuleiros de laje que compõem o viaduto – o bloco que desabou.
Cerca de R$ 50 milhões foram alocados, em um primeiro momento, para as obras de reconstrução e melhoria do sistema viário no centro de Brasília. Pela estimativa do governo, a obra do viaduto começará em meados de maio e levará cerca de cinco meses para ser entregue.
Márcio Buzar afirmou que a solução encontrada foi “híbrida” e que o governo não rejeitou completamente o parecer da UnB. “A gente vai fazer novos blocos e pilares e demolir apenas o trecho onde colapsou”, disse. “Não é necessário demolir todas as lajes”, completou. “A segurança da via será garantida com a ampliação e o reforço dos pilares.”
O Departamento de Engenharia Civil e Ambiental e a assessoria de comunicação da UnB não quiseram se pronunciar sobre a decisão do governo.
No dia 7, os professores do departamento recomendaram a demolição até mesmo das colunas de sustentação que permaneceram em pé. Na avaliação da universidade, o viaduto edificado no final dos anos 1950, durante o processo de construção de Brasília, desabou por causa de infiltrações.
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