Governo envia mais de 14 milhões de máscaras cirúrgicas a estados
O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira um balanço sobre o envio de equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de saúde dos estados. No total, foram direcionadas 14,2 milhões de máscaras cirúrgicas, principal instrumento para evitar o contágio de profissionais pelos pacientes.
Além disso, o Executivo Federal encaminhou 24 milhões de luvas para procedimentos não cirúrgicos, 742 mil aventais, 190 mil toucas hospitalares, 168 mil frascos de álcool etílico 100 mil sapatilhas e 60 mil óculos de proteção.
Epicentro da epidemia no país, São Paulo recebeu o maior estoque de suprimentos – 3,1 milhões de máscaras cirúrgicas, 3,5 milhões de luva para procedimentos não cirúrgicos, 164 mil aventais e 63,4 mil toucas hospitalares.
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia, com grande população e alto número de casos, também receberam parte significativa do estoque.
O Ministério prepara ainda a compra de 200 milhões de máscaras, 120 milhões de toucas, 80 milhões de aventais impermeáveis, 40 milhões de aventais, 40 milhões de máscaras N95, 2 milhões de frascos de álcool, 1 milhão de óculos de proteção e 1 milhão de sapatilhas.
Profissionais em alerta
A proteção dos profissionais de saúde tem sido uma preocupação manifestada publicamente pelas entidades que representam a categoria. Em entrevista concedida na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou seu receio de que a falta desses suprimentos possa causar risco aos trabalhadores da área.
A Associação Médica Brasileira abriu um canal para receber as denúncias sobre falta de EPIs. Até o dia 27 de março, 2.375 denúncias haviam sido registradas. São Paulo lidera a lista de reclamações (793), seguido por Rio de Janeiro (256), Minas Gerais (244) e Rio Grande do Sul. A lista com os equipamentos em falta por cidade e unidade de saúde está disponível em https://amb.org.br/epi/.
O Conselho Federal de Medicina cobrou dos governos que ofereçam os equipamentos necessários em nota publicada na última semana. “Exige-se, ainda, que governadores e autoridades sanitárias garantam aos médicos e outros profissionais de saúde a segurança necessária para que possam desempenhar seu trabalho, como a oferta dos indispensáveis equipamentos de proteção individual (EPIs), leitos hospitalares de retaguarda, unidades de terapia intensiva e ventiladores em número suficiente para atender à demanda”, diz a nota. A entidade disponibilizou uma plataforma para denúncias de más condições de trabalho, acesse aqui.
* Com Agência Brasil.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.