Governo nega avião da FAB para viagem de Dilma a Campinas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/06/2016 09h31
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília. 18/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino - 18/04/2016 Presidente Dilma Rousseff - reuters

O governo do presidente em exercício Michel Temer negou à presidente afastada Dilma Rousseff pedido para providenciar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ela e seu staff viajarem, para Campinas, em São Paulo, onde ela visitaria o Projeto Sírius, de construção de um acelerador de partículas e participaria de um encontro com intelectuais.

Essa é a primeira vez que o Planalto nega um pedido de avião feito pela petista, depois que a Subsecretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil emitiu, na semana passada, um parecer regulamentando a decisão do Senado sobre os direitos de Dilma durante o afastamento. No item avião, ela tem direito apenas ao uso entre Brasília e Porto Alegre, onde reside sua família.

Na tarde desta segunda-feira, 6, a assessoria de Dilma encaminhou para o Gabinete de Segurança Institucional pedido da aeronave para a ida a Campinas, na Quinta-feira (9). Apesar de já existir uma regra, o procedimento do GSI é consultar o jurídico a cada pedido que chega. O de ontem foi negado. 

O governo entende que ela só teria direito a aeronave se fosse para eventos oficiais e este foi o motivo pelo qual, oficialmente, permitiu que Dilma fizesse as viagens anteriores, que poderiam estar previamente marcadas. Depois que se afastou, Dilma já usou o avião da FAB para ir para casa e para dois eventos considerados partidários, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.

Desde a semana passada, Temer decidiu partir para o confronto e enfrentar Dilma como adversária política. Além de cortar o avião para rodar o País, Temer restringiu o número de assessores e limitou o uso de Dilma ao Palácio da Alvorada, sem direito a usar, por exemplo, a Granja do Torto.

A assessoria da presidente afastada diz que ela “vai tomar as medidas necessárias para reverter os abusos cometidos pelo Palácio do Planalto, em todos os foros adequados”.

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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