Governo perdeu a guerra da comunicação pela reforma da Previdência, diz Caiado

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2017 09h49
Andre Corrêa/Agência Senado Andre Corrêa/Agência Senado Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é transferido para Sírio Libanês, em São Paulo, após sentir fortes dores no peito

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) acredita que a reforma trabalhista passa no Congresso apesar da crise no governo Temer, mas vê com “preocupação” e pessimismo a tramitação da reforma da Previdência, que precisa ser aprovada por maioria qualificada (três quintos dos parlamentares).

“Acredito que a reforma trabalhista, que é lei ordinária, vai ser aprovada. A reforma previdenciária, aí não. Essa realmente é uma emenda constitucional e eu vejo com muito mais preocupação. Porque o governo perdeu a guerra da comunicação, não conseguiu se comunicar, e ficou a tese de que (com) a reforma apresentada por ele, da Previdência, o cidadão vai trabalhar até morrer e não vai conseguir se aposentar”, disse Caiado em entrevista exclusiva à Jovem Pan Online

O senador prevê mais confusão na sessão desta terça (30) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que vota parecer sobre a reforma trabalhista. “Será mais um capítulo triste na data de hoje”, espera e classifica o senador. “A expectativa de todo brasileiro é conviver mais uma vez com toda aquela desordem, desrespeito, falta de decoro praticadas pelo PT, arrancando o microfone, sentando à mesa, agredindo o presidente da comissão”, diz.

“Em relação à reforma trabalhista, existe já um sentimento nacional que nós precisamos voltar os olhos também para a informalidade. Não podemos ficar sequestrados por corporações”, disse o senador do DEM, referindo-se aos sindicatos e criticando os protestos conflituosos contra o governo Temer na semana passada em Brasília, ao mesmo tempo em que parlamentares da oposição obstruíam a tramitação da proposta com discussões acaloradas. “Quase que repetindo uma situação da Venezuela”, comparou. Para Caiado, a cena “mostra a intolerância que o PT tem com o governo”.

Com entrevista cedida a Amanda Garcia. Ouça AQUI.

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