Governo reduzirá salário de ministros em 10% e cortará 3 mil comissionados

  • Por Agência Estado - com JP
  • 02/10/2015 12h58
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff anuncia mudanças em seu ministério , durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/Agência Brasil Presidente Dilma e vice Michel Temer durante anúncio de cortes em ministérios

Ao anunciar na manha desta sexta-feira, 02, a reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff informou também, na abertura de seu discurso, que está sendo criada uma comissão permanente de reforma do Estado. Ela relacionou diversas medidas que farão parte da reforma administrativa com o objetivo de enxugar a máquina de governo e reduzir gastos. Entre os itens estão a redução nos salários de todos os ministros em 10% e o corte de 3 mil cargos comissionados.

De acordo com a presidente, gastos de custeio e contratações do Executivo serão reduzidos em 20%. Uma central de automóveis para centralizar o atendimento aos ministérios será criada e haverá metas de gastos com água e energia, além de limites para uso de telefones, diárias e passagens aéreas.

Além da extinção de ministérios, deixarão de existir 30 secretarias das pastas que continuarão com suas atividades. Além disso, serão revistos contratos de aluguel, de tecnologia da informação e segurança. Por fim, Dilma reafirmou que será revisto o uso do patrimônio da União para dar mais eficiência aos imóveis. “A União não pode continuar a ser uma grande imobiliária”, declarou.

Para uma plateia que tinha a presença de quase todos os atuais e novos ministros, Dilma disse que a reforma vai ajudar o governo a efetivas medidas já tomadas e as que estão e andamento para o reequilíbrio fiscal. “Vai ajudar também no controle da inflação e consolidar o equilíbrio macroeconômico”, afirmou, ressaltando que a economia é hoje mais sólida e resiliente. Segundo ela, as medidas vão permitir um novo ciclo de expansão profundo e duradouro. A presidente ressaltou que as dificuldades vividas pelo País são passageiras e conjunturais, não estruturais.

Veja as principais medidas de corte de gastos anunciadas nesta sexta pela presidente:

  • Redução de 30 secretarias em todos os ministérios, não apenas nos objetos de reforma
  • Redução de 20% com gastos de custeio e contratações de serviços
  • limitar em todos os minist´perios cotas de telefone
  • Metas de eficiência no uso de água e energia
  • Corte de 10% na remuneração dos ministros
  • Revisão de contratos de aluguel e prestação de serviços do governo federal
  • Revisão do uso do patrimônio da União – vender imóveis não utilizados para políticas públicas (A União não pode continuar sendo uma grande imobiliária”, disse Dilma)
  • Corte de 3 mil cargos comissionados

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