‘Governo vai aguardar os acontecimentos’, diz Onyx sobre Bezerra

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Desintegração na manhã desta quinta-feira (19) e realizou buscas no gabinete e endereços do senador, que é líder do governo, e de seu filho, o deputado Fernando Filho (DEM-PE)

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2019 14h22 - Atualizado em 19/09/2019 14h24
Polícia Federal realiza buscas no gabinete do senador e líder do governo Fernando Bezerra Coelho.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é quem vai ter que esclarecer os fatos investigados na Operação Desintegração. A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação na manhã desta quinta-feira (19) e realizou buscas no gabinete de Bezerra e em seu apartamento em Brasília.

“Ele tem uma situação que é relativo a fatos passados, quando ele era ministro de um governo anterior. A posição do nosso governo é de aguardar os acontecimentos”, disse, após participar de um evento em Porto Alegre.

Onyx disse ainda que vai conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto no fim de semana. “Eu estou sendo informado agora que ele [Bezerra] colocou o cargo à disposição. No fim de semana, vou conversar com o presidente e ver que atitude vai ser tomada. Mas, neste momento, nós temos só que aguardar, é uma questão individual dele, da vida pregressa dele e ele vai ter que esclarecer junto às autoridades”, disse o ministro.

Bezerra confirmou que colocou o cargo à disposição e disse que quer deixar o Bolsonaro à vontade para decidir sobre a permanência dele na função.

O gabinete do deputado Fernando Filho (DEM-PE), filho do senador, também foi alvo de buscas, assim como endereços em Pernambuco ligados aos dois.

As ações da PF fazem parte da Operação Desintegração, desdobramento da Operação Turbulência, deflagrada em 2017, e foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Luís Roberto Barroso.

A PF apura um suposto esquema de propinas pagas por empreiteiras que executaram obras custeadas com recursos públicos e que, supostamente, beneficiaram os parlamentares.

*Com informações da Agência Brasil

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