Governo vai convocar 7 mil militares da reserva para ajudar a reduzir fila do INSS
O secretário de Previdência Social e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou nesta terça-feira (14) que uma das medidas para reduzir as filas de atendimento do INSS é contratar temporariamente sete mil militares da reserva para integrar a força-tarefa que vai analisar as solicitações de benefícios. Segundo ele, o decreto vai ser publicado nos próximos dias.
“A ideia é que esses militares possam ingressar no atendimento, nos postos de atendimento, para permitir que os profissionais, que os funcionários do INSS nos ajudem na análise dos documentos, dos processos, e agilizem essa análise”, afirmou o secretário. “Com o pente-fino, vamos ter um acúmulo ainda maior de pessoas nas agências, por isso queremos contratar um número maior de pessoas para atender”, completou.
Atualmente, 1,3 milhão de pedidos estão sem análise há mais de 45 dias, prazo legal para uma resposta do órgão. A fila de espera vem caindo desde agosto do ano passado, mas em um ritmo ainda lento, o que deflagrou a elaboração de uma nova estratégia no governo para atacar o problema.
De acordo com Marinho, a intenção é que em seis meses a situação já esteja normalizada. “Esse é o tempo de implementação das medidas que estão em vigência. Não vamos zerar o estoque, pretendemos que o número de requerimentos — que hoje é em média 980 mil por mês — seja na mesma capacidade que conseguimos processar”, explicou.
Outra medida será fazer um trabalho de simplificação e desburocratização dos atendimentos, além de convênios com os setores de Recursos Humanos (RH) de grandes empresas, para que eles façam parte do trabalho de recolhimento de documentos que o funcionário precisa levar no INSS.
Marinho disse que essas ações terão um custo mensal de R$ 14,5 milhões, incluindo a gratificação dos militares que, por lei, equivale a 30% adicionais sobre a aposentadoria na reserva. Parte do custo será compensada pela economia do governo com o fim da correção monetária gerada, justamente, por esses atrasos sucessivos.
O secretário disse, ainda, que 2019 teve o maior número de decisões — análises de processos –, apesar de ter sido o ano com o menor número de servidores.
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