Greenpeace sobre rompimento de barragem: ‘Não ficou lição alguma de Mariana’
O coordenador de campanhas do Greenpeace, Nilo D’Avila, afirmou que o rompimento da barragem da Vale na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, deixa claro que “não ficou lição alguma da tragédia de Mariana”. “É a mesma companhia, o mesmo tipo de acidente”, afirmou ele. O indidente ocorreu nesta sexta-feira (25), três anos após a barragem da Samarco e da Vale ter se rompido na cidade mineira de Mariana, em novembro de 2015.
De acordo com D’Avila, esse novo rompimento é um retrato da insegurança à população causada pela mineradora no país. Ele disse que está acompanhando o incidente e mobilizando equipes.
Na avaliação do porta-voz do Greenpeace, há de modo geral negligência por parte do poder público, especialmente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). “É sabido que há falhas na fiscalização. Na época de Mariana, falava-se que uma em cada três barragens deveria ter alguma intervenção.”
Mobilização do poder público
O presidente Jair Bolsonaro anunciou em sua conta do Twitter que determinou o envio de ministros do Meio Ambiente, de Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia, assim como o Secretário Nacional de Defesa Civil para a região. “Nossa maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave tragédia”, escreveu o presidente no microblog. O prórpio presidente de viajar para a região às 8 horas deste sábado (26).
Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos Ministros do Desenvolvimento Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa Civil para a Região.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 25, 2019
O governo de Minas Gerais, por sua vez, criou uma força-tarefa. Dois helicópteros sobrevoam a região. O governo estadual também designou a formação de um gabinete estratégico de crise para acompanhar de perto as ações.
*Com informações da Agência Estado
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