Greve de professores no Paraná teria acontecido por plano para ajuste fiscal
O Governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan desta terça-feira (10) que o atraso no pagamento de professores teria acontecido porque o estado estava se adequando ao quadro do ajuste fiscal. “O Paraná não é uma ilha nesse cenário de estagnação. A crise é nacional e nós nos antecipamos para o enfrentamento desse momento de dificuldade”, explicou.
De acordo com Richa, o problema foi pontual: “os salários estavam todos em dia. O que atrasamos dois meses foi o terço de férias e atrasamos cerca de um mês ou dois a rescisão de professores temporários”. Cem mil servidores estaduais aderiram à greve que durou 29 dias e terminou nesta segunda-feira (09).
Apesar disso, o governador refutou a ideia de que houve irresponsabilidade fiscal e disse que, mesmo aumentando o número de contratações em diversos setores, a déficit do estado diminuiu. “Temos dívida, como a maioria dos estados tem, administrável. Herdei R$4,5 bilhões em dívida, hoje temos R$1 bilhão”, expôs.
Impeachment
O governado concorda com o posicionamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo, que afirmou que “não é hora de afastar Dilma”. Para Richa, a oposição incentivar a saída de Dilma da presidência poderia soar como revanchismo. “Ficaria um tanto suspeito a nossa participação, pareceria revanchismo não termos aceito a derrota que veio das urnas”, e completou, “o impeachment é algo que vem das ruas”.
Ele reforçou que a apreciação do processo de impeachment pelo Congresso Nacional vai depender da pressão social e que a oposição não deve interferir. “Líderes têm se mantido a distância desse movimento para que não pareça uma coisa instrumentalizada e motivada partidariamente”, analisou.
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